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Desertores

Experimento cênico inspirado na peça inacabada O declínio do egoísta Johann Fatzer, de Brecht.

Desertores

Desertores é um experimento cênico livremente inspirado na peça inacabada O declínio do egoísta Johann Fatzer, de Bertolt Brecht. Com apoio do Programa Rumos – Itaú Cultural (2017/2018), o experimento é resultado de um processo de estudos do Complexo Fatzer, reunião de cenas, diálogos, poemas, coros e apontamentos teóricos que o autor alemão produziu durante o período de 1926 a 1930.

Nesta obra monumental, Brecht procura refletir dialeticamente sobre a catástrofe da Primeira Grande Guerra, o impasse dos movimentos sociais e revolucionários e o prenúncio de movimentos totalitários como o Nazismo e o Fascismo.

A dramaturgia do experimento, a cargo de Márcio Marciano, parte da tradução inédita do Complexo Fatzer de Brecht, por Pedro Mantovani, que esteve em João Pessoa no início do processo de estudos para conversar com o grupo sobre a obra de Brecht, juntamente com Sérgio de Carvalho, da Companhia do Latão e José Antonio Pasta Jr.

O processo de estudos também contou com a participação do pesquisador e músico Walter Garcia, que compôs, juntamente
com os integrantes do Coletivo Alfenim, a trilha do experimento.

Nota sobre o Complexo Fatzer

Segundo nos informa Pedro Mantovani, o conjunto de fragmentos denominado Complexo Fatzer compreende textos produzidos por Brecht no período  de 1926 a 1930. O material é organizado  em cinco fases de trabalho denominadas “Fatzer Documento” acrescidas de um conjunto de notas teóricas a que o autor chama de “Fatzer Comentário” e que constitui uma espécie de programa para “teatro-político-poético”.

De todo o material produzido, Brecht chegou a publicar em vida o fragmento que corresponde à quinta fase do trabalho, no primeiro caderno dos Versuche (Tentativas). O restante do material somente veio a público a partir das décadas de 1970 e 80. No Brasil, foram publicadas a organização de Heiner Müller em 2002, pela editora Cosac & Naify, com tradução de Christine Röhrig, e o fragmento correspondente à quinta fase, pela editora Paz e Terra em 1995, com tradução de Ingrid D. Koudela e Erlon J. Paschoal. O material na íntegra, com tradução de Pedro Mantovani, permanece inédito.

Sinopse

Em 1918, durante a Primeira Grande Guerra, após a sangrenta Batalha de Verdun, quatro soldados abandonam seu tanque de guerra e decidem desertar. Tidos como mortos, os quatro homens permanecem em clandestinidade em Mülheim, bairro fabril na Alemanha, sob a constante ameaça de serem presos e fuzilados como desertores. Apesar das dificuldades, os clandestinos lutam para conseguir comida e pactuam nunca se separar. Eles têm a esperança de que uma revolução coletiva possa pôr fim à guerra sem sentido, de modo a que sejam perdoados. Os desertores acreditam poder tomar parte na desejada revolução.

Ficha técnica do experimento DESERTORES:

Elenco: Adriano Cabral, Edson Albuquerque, Kevin Melo, Lara Torrezan, Mayra Ferreira, Murilo Franco, Paula Coelho, Vítor Blam e Victor Dessô

Cenografia: Márcio Marciano

Figurinos: Maria Botelho

Iluminação: Ronaldo Costa

Projeção: Rebecca Dantas

Animação: Lívia Costa

Identidade visual: Patrícia Brandstatter

Composição musical: Kevin Melo, Mayra Ferreira, Márcio Marciano, Paula Coelho, Walter Garcia e Vítor Blam

Dramaturgia e direção: Márcio Marciano

Produção Executiva: Gabriela Arruda

Realização: Coletivo de Teatro Alfenim

Apoio: Rumos Itaú Cultural (2017/2018)